Renault nomeia CEO interino e prevê margem menor; investidor reage e ação cai até 18%
Queda acentuada nas ações da Renault reflete incertezas no mercado automotivo e mudança na liderança. A montadora enfrenta desafios significativos e revisão nas projeções de lucratividade sob novo CEO interino.
Renault enfrenta grande queda de ações
Nesta quarta-feira (16), a Renault teve a maior queda no valor de suas ações desde março de 2020, com diminuição de até 18% na Bolsa de Paris. Essa queda ocorreu após a montadora reduzir sua projeção de lucratividade e nomear Duncan Minto como CEO interino.
Revisão das projeções financeiras
Na terça-feira (15), a Renault revisou sua margem operacional para cerca de 6,5%, abaixo dos 7% esperados. A expectativa de fluxo de caixa livre foi ajustada para entre € 1 bilhão e € 1,5 bilhão, em vez de pelo menos € 2 bilhões.
Demissão de Luca de Meo
Luca de Meo pediu demissão para liderar a Kering, dona da Gucci. Minto, que era CFO, assumirá interinamente. A Renault já está buscando um novo CEO.
Candidatos à sucessão
Os possíveis candidatos incluem:
- Denis Le Vot - Chefe da Dacia
- François Provost - Diretor de compras da Renault
- Maxime Picat - Ex-executivo da Stellantis
Desafios futuros
A nova equipe terá que enfrentar:
- Demanda fraca na Europa
- Tensões comerciais crescentes
- Competitividade das montadoras chinesas
Desempenho no mercado
Sob De Meo, a Renault teve crescimento de 7% nas vendas. Em contraste, a Stellantis caiu 8,4% no mesmo período. No entanto, ações da Renault caíam 16% às 10h07, liderando perdas entre as empresas do índice Stoxx 600.
Medidas a serem adotadas
Minto mencionou que medidas de redução de custos estão em andamento, focando em áreas administrativas, produção e P&D. A nova gestão também enfrentará desafios relacionados à unidade de veículos elétricos e a aliança com a Nissan.