Renda dos brasileiros sobe 4,7% em 2024 e renova recorde puxada por salários e benefícios sociais
Rendimento domiciliar médio do brasileiro atinge R$ 2.020, impulsionado por programas sociais e crescimento do emprego. Em 2024, a contribuição da renda do trabalho no rendimento domiciliar chega a 74,9%, refletindo uma melhora significativa na desigualdade.
Avanço contínuo dos programas sociais e melhora no mercado de trabalho impulsionaram o rendimento domiciliar médio dos brasileiros, que cresceu 4,7% em 2024, marcando o terceiro ano consecutivo de alta, conforme dados do IBGE.
O rendimento atingiu R$ 2.020 mensais por pessoa, o maior desde o início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), em 2012.
Em 2023, o rendimento já havia batido um recorde, influenciado principalmente pelo retorno do Bolsa Família, com um benefício médio de R$ 600 mensais, resultando em um salto de 11,5% em relação a 2022.
Em 2024, o aumento do rendimento médio do trabalho foi de 3,7%, alcançando R$ 3.225 por mês por trabalhador, outro recorde para a Pnad-C.
As famílias mais pobres apresentaram um ganho maior, contribuindo para a queda da desigualdade no país.
Gustavo Fontes, analista da Pnad-C, explicou que, apesar dos programas sociais, o rendimento do trabalho foi crucial para o crescimento do rendimento domiciliar.
Mercado de trabalho em alta: a taxa média de desemprego em 2024 foi de 6,6%, a menor da história, refletindo no aumento de empregos, tanto formais quanto informais.
Com a melhora nas condições de trabalho, a participação da renda do trabalho no rendimento domiciliar médio aumentou para 74,9% em 2024, se aproximando do padrão histórico da Pnad-C, em torno de 75%.