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Renda dos mais pobres deve crescer menos em 2026. Como isso pode afetar o governo em ano eleitoral?

Lula enfrenta desafios entre a população de menor renda e pode comprometer sua base de apoio em 2026. Projeções indicam que as classes D e E terão crescimento de renda abaixo da média nacional no próximo ano.

Presidente Lula enfrenta desafios no cenário eleitoral de 2026

O governo Lula aposta no discurso de “pobre versus rico” para ganhar popularidade, mas pode ter dificuldades especialmente entre as classes D e E, que historicamente apoiam o petista.

A renda das classes D e E deve crescer 1,9% em 2024, abaixo da média nacional. Em contrapartida, a classe A terá um aumento de 3,8%.

A previsão de crescimento da massa de renda nacional para 2026 é de 3%, menor do que 3,9% esperado para 2025, em um ambiente de desaceleração econômica e taxas de juros elevadas.

  • Classes B e C também terão crescimentos moderados de 3,4% e 2,3%, respectivamente.
  • A renda das classes D e E depende das transferências sociais, que representam 17,6% e 37,6%
  • O Bolsa Família foi reformulado, com benefício base de R$ 600.

O governo busca recuperar a popularidade com a isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil, que poderá aumentar o consumo na classe C.

Apesar das medidas sociais, a questão fiscal preocupa. A dívida do país é alta, aumentando a percepção de risco entre investidores.

Entre 2023 e 2026, as classes B e A devem experimentar ganhos acumulados de 35% e 25,1%, enquanto D e E terão apenas 10%.

Para o cientista político Carlos Melo, “a maior parte do eleitorado está entre os mais pobres”, sendo essencial a conexão do governo com essas classes para a vitória nas eleições.

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