Rendimento mensal do brasileiro bate recorde e fica em R$ 3.057 em 2024, diz IBGE
Rendimento médio dos brasileiros atinge R$ 3.057 em 2024, superando recorde anterior de 2014. Aumento é impulsionado principalmente pela renda do trabalho, mas desigualdades regionais permanecem significativas.
Rendimento médio do brasileiro em 2024 atinge R$ 3.057, o maior valor da história, segundo o IBGE.
O recorde anterior era de R$ 2.974 em 2014.
Dados são da PNAD Contínua, que analisa rendimentos de todos os trabalhos e fontes. No total, 66,1% da população brasileira (143,4 milhões) possui algum tipo de rendimento, um aumento em comparação a 64,9% em 2023.
Principais fontes de rendimento incluem:
- Aposentadoria e pensões;
- Aluguel e arrendamento;
- Pensão alimentícia e doações;
- Programas sociais (ex: Bolsa Família);
- Outros rendimentos (ex: seguro-desemprego).
O analista do IBGE, Gustavo Geaquinto Fontes, destaca que o crescimento se deve principalmente à renda do trabalho, que alcançou R$ 3.225, alta de 3,7% em relação a 2023.
As outras fontes mantiveram-se em R$ 1.915, enquanto rendimentos de seguro-desemprego e aplicações financeiras chegaram a R$ 2.135, um aumento de 12%.
Os programas sociais atingiram rendimento médio de R$ 836, crescimento de 2,2% em relação a 2023 e 72,7% desde 2019.
A desigualdade permanece alta, com o Maranhão tendo o menor valor de rendimento (R$ 1.078) e o Distrito Federal o maior (R$ 3.276), uma diferença de R$ 2.198.
Aumento nos programas sociais: 9,2% da população agora recebe benefícios, com crescimento em comparação a anos anteriores.
O Índice de Gini, que mede desigualdade, alcançou seu menor nível na série histórica em 2024, mas a diferença entre as faixas de rendimento persiste, com os 1% mais ricos recebendo 40 vezes mais que os 40% mais pobres.