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Reposicionar as cadeias produtivas pode causar perda de até 13% no PIB, alerta a OCDE

A OCDE alerta que a realocação acelerada de cadeias produtivas pode resultar em perdas significativas no PIB global. O estudo defende que a insistência em uma autossuficiência econômica pode aumentar a vulnerabilidade e gerar ineficiências.

OCDE alerta sobre riscos ao PIB das principais economias devido à realocação das cadeias produtivas em resposta a tensões geopolíticas. A organização prevê perdas de até 13% do PIB em certos países e uma redução do comércio global em até 18%.

Esse alerta surge no contexto do aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, levando empresas a reconsiderar sua dependência de cadeias de suprimento integradas.

Segundo Marion Jansen, diretora de Comércio e Agricultura da OCDE, o estudo contrabalança discursos que favorecem a autossuficiência econômica. Ela destaca que evitar o comércio internacional pode causar vulnerabilidades e ineficiências.

O estudo, intitulado “Supply Chain Resilience Review”, usa modelos econométricos para avaliar políticas de realocação, como tarifas e subsídios. O relatório mostra que a ascensão da China, nos últimos 25 anos, alterou o equilíbrio comercial, e a dependência em relação a ela cresce entre os países da OCDE.

Países como Canadá, França, Alemanha e Reino Unido são considerados mais vulneráveis, enquanto Estados Unidos, Brasil e China estão relativamente mais protegidos.

A OCDE revela que a dependência comercial da China entre seus membros é mais simétrica, ao contrário de economias fora do clube, onde é unilateral. Além disso, a modelagem sugere que a realocação não aumenta a resiliência, tornando muitas economias mais vulneráveis a ciclos econômicos.

Conclusão: Abertura e diversificação geográfica podem fornecer melhores soluções para interrupções nas cadeias de suprimento globais.

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