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Resiliência do mercado é desafiada pela ofensiva tarifária de Trump no fim de semana

Mercados financeiros enfrentam novo desafio com anúncio de tarifas de 30% sobre a UE e México. Investidores permanecem céticos quanto à permanência dessas medidas, apostando em possíveis negociações futuras.

Mercados financeiros enfrentarão um teste na abertura de segunda-feira (14), após Donald Trump anunciar uma tarifa de 30% sobre produtos da União Europeia e México, válida a partir de 1º de agosto.

Trump prometeu mais tarifas, afetando regiões de Canadá a Brasil e Argélia, e convocou parceiros comerciais para novas negociações. Apesar de alertas de executivos como Jamie Dimon, os investidores permanecem otimistas quanto a uma recuada de Trump, decorrente de reviravoltas anteriores.

Brian Jacobsen, economista-chefe da Annex Wealth Management, alertou que os investidores não devem subestimar a seriedade das tarifas: “Esse nível de tarifas é punitivo e prejudicará mais a Europa”.

Após recentes recordes, o Bitcoin teve pouca movimentação. O euro alcançou seu melhor nível contra o dólar desde 2021, enquanto a UE buscava um acordo provisório para evitar mais tarifas.

Apesar da carta de Trump minar o otimismo, há espaço para ajustes nas tarifas. Jacobsen observou que, embora os mercados não gostem das tarifas, eles não estão em pânico.

A campanha tarifária de Trump tem gerado dificuldades para os mercados precificarem riscos. Embora tenham enfrentado dificuldades após o “Dia da Libertação” em 2 de abril, muitos movimentações foram revertidas quando tarifas foram adiadas.

Os mercados mostraram cautela na sexta-feira, com quedas após máximas históricas enquanto Trump intensificava sua ofensiva comercial. O dólar também teve um desempenho positivo, sua melhor semana desde fevereiro.

Na correspondência enviada à presidente mexicana Claudia Sheinbaum, Trump declarou que o México deve fazer mais para garantir a fronteira, mas produtos em conformidade com o USMCA não serão afetados pela nova tarifa.

O peso mexicano alcançou máxima de um ano, cotado a 18,5525 por dólar, em 9 de julho.

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