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Resultado da inflação de fevereiro mantém BC sob pressão, dizem analistas

IPCA registra maior alta para fevereiro em 20 anos e pressiona Banco Central a elevar juros. A inflação acumulada em 12 meses chega a 5,06%, refletindo o impacto do aumento da energia elétrica e das mensalidades escolares.

IPCA registra alta de 1,31% em fevereiro, a maior desde 2003, impulsionada pelo aumento da energia elétrica. O resultado está acima do teto da meta de 4,5% ao ano.

O índice acumulado em 12 meses atingiu 5,06%, o maior desde setembro de 2023. Com o fim do bônus da usina de Itaipu, a energia elétrica subiu 16,8%, após queda de 14,21% em janeiro.

O preço da gasolina também aumentou, subindo 2,78% devido ao incremento no ICMS. Já o grupo de Educação, por sua vez, teve alta sazonal nas mensalidades escolares.

Fernando Gonçalves, do IBGE, destaca que, sem a energia elétrica, a inflação de fevereiro seria de 0,78%. Luis Otávio Leal enfatiza que 73% da inflação do mês foi causada pelo fim do bônus de Itaipu, alta da gasolina e aumento das mensalidades.

Apesar da alta nos preços, os alimentos começam a desacelerar, com o grupo Alimentação e Bebidas subindo 0,7% em fevereiro. O governo anunciou um pacote anti-inflação, que inclui a isenção de tarifas de importação.

A expectativa de especialistas é que a inflação de alimentos termine o ano com alta, mas sem choques de preços como em 2024, dado o clima mais estável. O cenário internacional, especialmente as políticas de Donald Trump, e as incertezas na política fiscal também influenciam as projeções.

Economistas mantêm a previsão de que a taxa Selic subirá para 14,25% em março, podendo atingir 15% até o final do ano, refletindo pressões sobre a política monetária.

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