Retaliações da China e Canadá intensificam guerra comercial
As tensões na guerra comercial entre os EUA, China e Canadá aumentam com novas tarifas e retaliações. Especialistas alertam para possíveis impactos econômicos severos e uma crescente incerteza no mercado.
Intensificação da guerra comercial entre os EUA e China, com retaliações da China e da província canadense de Ontário, aumenta os temores de recessão na economia global.
O mercado de ações apresentou queda significativa: o índice S&P 500 fechou com baixa de 2,7%.
Kevin Hassett, do Conselho Econômico Nacional, busca minimizar preocupações, afirmando que as tarifas de Trump estão trazendo indústria e empregos de volta aos EUA, embora admita “alguma turbulência” no primeiro trimestre.
Indicadores recentes sugerem desaceleração econômica nos EUA, com pesquisas mostrando maior pessimismo das famílias americanas quanto à situação financeira.
A China implementou tarifas de 10% a 15% sobre produtos agrícolas americanos, com exceções para carregamentos que partirem antes de uma data específica.
Retaliação da China também inclui tarifas de 100% sobre o óleo de colza e de 25% sobre carne suína canadense, justificadas pela defesa das regras de comércio internacional.
Bert Hofman, da Universidade Nacional de Singapura, sugere que a medida visa dissuadir países a se alinharem às políticas comerciais de Trump.
A China importou US$ 46 bilhões em bens do Canadá em 2024, mas sua dependência tem diminuído drasticamente nos últimos anos.
As tarifas retaliatórias da China abrangem mais de US$ 22 bilhões em importações dos EUA, marcando uma escalada nas tensões comerciais.
Doug Ford, governador de Ontário, anunciou uma sobretaxa de 25% em resposta às tarifas de Trump, aumentando a incerteza nas relações comerciais.
A província de Quebec também está considerando ações semelhantes.