Reunião de líderes da Câmara termina sem acordo para votar fim do foro privilegiado
Reunião de líderes da Câmara não chega a consenso sobre foro privilegiado e adia discussões importantes. O impasse segue após a paralisação provocada por protestos bolsonaristas e a ausência de acordo sobre a anistia aos envolvidos em atos golpistas.
Reunião de líderes da Câmara nesta terça-feira (12) terminou sem acordo para votação do projeto que muda o foro privilegiado.
Este foi o primeiro encontro após o motim bolsonarista que paralisou os trabalhos na Casa, na semana passada.
A PEC do fim do foro era uma das principais bandeiras da oposição, que condicionou a liberação dos espaços do Congresso às votações dessa proposta e do projeto de anistia aos envolvidos em atos golpistas.
O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), informou que partidos de esquerda e centro-esquerda, além de MDB e Solidariedade, foram contrários à inclusão da matéria na pauta desta semana.
A anistia nem foi debatida e o tema será discutido na próxima reunião, marcada para o dia 21.
Na próxima reunião, os bolsonaristas e parte do Centrão defenderão a PEC do fim do foro, enquanto os governistas tentarão avançar o projeto de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
A votação do requerimento de urgência para o PL 2628/22, que trata da proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital, também foi adiada.
Apenas foi acordada a instalação de uma comissão geral para discutir a matéria com especialistas antes de falar em votação.
Assim, a pauta de votações continuou esvaziada.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não falou com a imprensa após a reunião e tem uma reunião marcada com o corregedor da Casa, Diego Coronel (PSD-BA), sobre os processos contra deputados envolvidos no motim.