Revista publica o chat detalhado do vazamento dos planos da cúpula da Casa Branca de ataque no Iêmen

WASHINGTON - A revista americana The Atlantic divulgou nesta quarta-feira, 26, mensagens de membros do governo Trump no aplicativo criptografado Signal, contendo detalhes sobre ataques militares aos Houthis no Iêmen.

Inicialmente, a revista havia guardado as informações, considerando-as sensíveis. Contudo, após declarações de oficiais republicanos negando a divulgação de planos de guerra, a decisão foi reconsiderada.

As mensagens, que incluem capturas de tela, revelam que o secretário de Defesa, Pete Hegseth, compartilhou informações sobre horários de lançamentos de porta-aviões dos EUA, crucial para a segurança das operações militares.

Esses detalhes incluíam a "janela de ataque" e a localização de um "alvo terrorista". Hegseth deixou claro que os alvos precisos não foram divulgados.

Em mensagens postadas por Hegseth, notou-se um cronograma para os lançamentos de F-18 e drones. Entre as mensagens destacadas, ele escreveu:

• “12h15: LANÇAMENTO de F-18s (1º pacote de ataque)”
• “13h45: Inicia a janela de 1º ataque do F-18”
• “14h10: LANÇAMENTO de mais F-18s (2º pacote de ataque)”
• “14h15: Drones de ataque no alvo”
• “15h36: F-18 2º Ataque Começa”

No dia 24, o editor-chefe Jeffrey Goldberg foi adicionado acidentalmente ao grupo, onde estavam figuras-chave como o vice-presidente J.D. Vance e secretário de Estado Marco Rubio, discutindo a operação.

Goldberg, inicialmente cético sobre a legitimidade do grupo, viu os detalhes se confirmarem com os bombardeios reais dos EUA.

Trump minimizou o incidente e declarou que o erro foi “menos grave” do que parecia. Ele também defendeu o assessor Michael Waltz, alegando que um membro de sua equipe foi o responsável pela inclusão de Goldberg no chat.

Enquanto isso, Waltz afirmou que não sabia como Goldberg entrou no grupo. Investigações técnicas estão em andamento para esclarecer o ocorrido.