Revista 'The Economist' chama anúncio de tarifas recíprocas de 'Dia da Ruína'
Revista critica tarifas de Trump como um erro econômico irreversível e alerta sobre os danos potenciais ao comércio global. Editorial aponta que a política protecionista poderá encarecer produtos para consumidores americanos e prejudicar fabricantes locais.
A revista britânica The Economist classificou as tarifas recíprocas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, como o "Dia da Ruína", fazendo referência ao "Dia da Libertação" que Trump mencionou.
A capa da edição de 03 de abril de 2025 ilustra Trump causando estragos no mapa dos EUA e afirma que ele cometeu "o erro econômico mais profundo, prejudicial e desnecessário da era moderna".
A revista alerta: as tarifas "irracionais" de Trump causarão estragos econômicos, mas o mundo pode limitar os danos. O editorial critica as afirmações do presidente como "absurdas" e afirma que seu entendimento sobre a economia é "patético".
As tarifas, a partir de 05 de abril, incluem:
- 10% sobre todas as importações do Brasil;
- Taxas de aproximadamente metade das tarifas cobradas por outros países em produtos norte-americanos.
Além disso, Trump anunciou tarifas de 25% sobre carros importados e outras taxas sobre exportações que não se enquadram no USMCA. As últimas medidas impactaram o mercado financeiro e levaram o Brasil a aprovar um projeto para retaliar barreiras comerciais impostas por outros países.
Trump afirmou que sua abordagem visa "libertar" os EUA do comércio exterior, mas a revista argumenta que isso pode prejudicar tanto os consumidores quanto os fabricantes americanos.