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Revogação da alta do IOF agrava crises política e fiscal

Derrubada do decreto sobre o IOF intensifica tensão entre Legislativo e Executivo, afetando a meta de superávit fiscal. A decisão, apoiada por partidos antes alinhados ao governo, pode complicar a busca por receitas essenciais para o orçamento futuro.

Congresso Nacional derruba decreto que aumenta o IOF, agravando a crise fiscal e a relação entre Executivo e Parlamento. Líderes falam em rompimento com o governo.

O Ministério da Fazenda previa uma receita de R$ 10 bilhões com o aumento do IOF em 2023 e o dobro em 2024. A decisão compromete a meta de superávit de R$ 30 bilhões para 2025, com cerca de um terço esperado vindo do IOF.

O projeto que reverte a medida foi aprovado com 383 votos a favor na Câmara e votação simbólica no Senado. Partidos como MDB e PSD, antes aliados do governo, apoiaram a derrubada.

A situação política é tensa, com a ministra Gleisi Hoffmann tentando dialogar com líderes como Antonio Brito (PSD-BA), que reafirmou a orientação contra o governo.

Parlamentares citam razões como o ritmo lento na liberação de emendas e críticas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como fatores que alimentaram a insatisfação. Haddad comparou o tratamento dado ao Congresso por líderes anteriores, o que gerou incômodo.

Além disso, houve desgaste após a derrubada de vetos do governo na lei que regulamenta energia eólica, que poderá aumentar custos para a população.

PT discute uma estratégia de distanciamento dos partidos do Centrão, enquanto líderes da base minimizam a crise, considerando a derrubada uma reação normal.

Os decretos sobre o IOF passaram por várias mudanças desde maio e atualmente há uma medida provisória com propostas de compensação que enfrenta resistência, especialmente na tributação de aplicações financeiras.

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