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Revogação do decreto do IOF faz com que alíquotas voltem ao que eram antes; entenda

Câmara dos Deputados aprova revogação do aumento das alíquotas do IOF, retornando os percentuais a níveis anteriores. A manobra intensifica as tensões entre o governo e o Parlamento, com novas mudanças fiscais em tramitação.

Congresso aprova revogação do aumento do IOF

Na noite de quarta-feira, o Congresso Nacional aprovou o projeto que revoga o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), aprofundando a crise com o governo. A medida foi aprovada com 383 a 98 votos na Câmara, com apoio de deputados de partidos aliados.

O IOF incide sobre movimentações financeiras, como empréstimos e câmbio, e serve como canal de arrecadação do governo. A decisão resulta na retomada das alíquotas anteriores:

  • Cartões de crédito/débito: de 3,5% para 3,38%.
  • Remessas para o exterior: de 3,5% para 1,1%.
  • Aportes em VGBL: volta a ser isento.
  • Empresas Simples Nacional: de 1,95% para 0,88% ao ano.
  • Empresas Em Geral: de 3,95% para 1,88% ao ano.
  • Operações não especificadas: a alíquota de saída volta a 0,38%.

Paralelamente, tramita uma medida provisória (MP) para compensar perdas, propondo:

  • Aumento do Imposto de Renda retido na fonte sobre Juros sobre Capital Próprio: de 15% para 20%.
  • Elevação da CSLL para seguros: de 9% para 15%.
  • Imposto de Renda sobre títulos privados: nova alíquota de 5%.
  • Taxação padrão para aplicações financeiras: 17,5%.
  • Taxação de empresas de apostas esportivas: de 12% para 18%.

A Advocacia-Geral da União (AGU) ainda não decidiu sobre possível judicialização da derrubada do decreto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sugeriu que a questão poderia ser levada ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A cúpula do governo ainda avalia os próximos passos para tratar do assunto.

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