‘Rio é plataforma incrível para apresentar marcas’, diz CEO da maior cervejaria do mundo, sobre patrocínio a megashow de Lady Gaga
AB InBev mira o Rio como palco de grandes eventos, com foco em fortalecer sua presença no mercado brasileiro. Michel Doukeris destaca a importância de locais icônicos como Copacabana para promover marcas, enquanto a companhia se adapta às novas tendências de consumo.
AB InBev reforça sua presença no Rio de Janeiro após patrocinar a apresentação de Lady Gaga na Praia de Copacabana. O CEO global, Michel Doukeris, destaca o potencial do Rio como “plataforma incrível” para suas marcas.
Doukeris, natural de Lages, dirige a AB InBev desde 2021 e possui um histórico na companhia desde 1996. A empresa investiu quase US$ 12 bilhões mundialmente, sendo R$ 10 bilhões apenas no Brasil nos últimos três anos, e visa eventos grandiosos como o da última noite.
A Corona, uma das marcas em ascensão, foi escolhida para o evento em razão de seu centenário e sua conexão com a icônica praia. Doukeris afirma que a empresa tem um contrato de 4 anos com a prefeitura do Rio, que pode trazer atrações como U2 e Beyoncé.
Sobre as novas gerações, Doukeris observa que os consumidores mudaram devido à Covid-19. A estratégia é observar como as gerações Millennial e Z estão evolucionando suas preferências, incluindo novas bebidas e tendências como o consumo de cervejas com e sem álcool.
A AB InBev investe em 500 marcas, focando em 50 megamarcas para otimizar recursos e garantir eficiência nos negócios. Doukeris salienta que estratégias financeiras são imprescindíveis diante da inflação e juros altos.
Em resposta à guerra tarifária promovida pelos EUA, a companhia se apoia na produção local, reduzindo a dependência de importações. No Brasil, 98% dos produtos são locais, garantindo estabilidade nos custos.
Doukeris classifica o consumidor brasileiro como criativo e social, afirmando que o Brasil possui um grande potencial de crescimento no mercado de cervejas. A AB InBev se concentra em estratégias orgânicas, considerando que aquisições não são mais o foco principal da empresa.