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Rio usará 'legado de energia' da Olimpíada para criar hub de data centers que terá supercomputador

Rio de Janeiro se prepara para se transformar em um hub tecnológico com a criação do Rio AI City, projetado para abrigar data centers e acelerar a inovação. A iniciativa deve gerar cerca de 10 mil empregos e aproveitar a robusta infraestrutura de energia e cabos de dados da cidade.

Rio de Janeiro - A Olimpíada de 2016 deixou um legado curioso para a cidade: uma estrutura de energia elétrica robusta.

De acordo com Sydney Levy, presidente da Invest.Rio, a necessidade de energia durante o evento foi alta, com 180 países transmitindo ao mesmo tempo. Uma falha de energia poderia custar até US$ 5 milhões à NBC.

A prefeitura do Rio planeja aproveitar essa rede para atender data centers, essenciais para empresas de tecnologia. Um parque tecnológico de 300 mil m² está sendo criado perto do Parque Olímpico, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia.

O projeto, chamado de Rio AI City, visa criar um hub de tecnologia e um ecossistema de inovação. Segundo Alessandro Lombardi, presidente da Elea Data Centers, é a materialização de uma visão de cidade do futuro.

O local terá capacidade inicial de 1,5 GW, com potencial de expansão para 3,2 GW. Levy afirma que 60% dos dados brasileiros são processados nos EUA, e o Rio quer mudar isso.

A primeira fase do projeto deve ser concluída em dois anos, gerando cerca de 10 mil empregos.

Além da energia, o Rio se beneficia da proximidade dos cabos submarinos de dados, o que pode baixar a latência, essencial para empresas. Levy alerta que, em dois anos, dados do mundo estarão concentrados em 10 a 15 grandes centros.

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