Risco de recessão nos EUA: qual seria o impacto no Brasil e no mundo?
Debate sobre recessão nos EUA cresce com quedas no mercado de ações e incertezas econômicas. Especialistas alertam que uma desaceleração poderia impactar globalmente, incluindo o Brasil.
Debate sobre recessão nos EUA ganha força com queda no mercado de ações e indicadores econômicos mostrando esfriamento.
A incerteza surge após o presidente Donald Trump anunciar novas tarifas comerciais e promover cortes de empregos públicos.
Trump não descartou a possibilidade de recessão em entrevista à Fox News, mencionando um “período de transição”.
Muitos economistas afirmam que, atualmente, não há risco concreto de recessão, já que a economia cresce e o mercado de trabalho está aquecido.
Tarifas comerciais podem elevar preços, impactar a inflação e afetar cadeias globais, com possíveis consequências em mercados como o brasileiro.
De acordo com o economista Gustavo Rostelato, a recessão nos EUA limitária o fluxo de negócios global, levando a cortes de juros.
Projeções da OCDE rebaixaram o crescimento mundial de 3,3% para 3,1% em 2024 e para 3% em 2026, com impactos negativos na economia brasileira.
- Projeção de crescimento do Brasil caiu de 2,3% para 2,1% em 2024.
- Projeção para os EUA caiu de 2,4% para 2,2%
Efeitos nas exportações: Caso os EUA reduzam compras, o Brasil seria impactado, já que é o segundo maior destino das exportações brasileiras.
Em 2022, as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 40,3 bilhões.
A recente queda nos índices de ações dos EUA também afetou o mercado financeiro brasileiro, com reflexo no Ibovespa e no dólar.
Além disso, o aumento no preço do ovo no Brasil é um exemplo concreto de como a economia americana influencia o país.
Empresas brasileiras com operações nos EUA, como Embraer e Gerdau, podem sentir o impacto de uma recessão.
A economia brasileira pode ser afetada pelo desempenho da China, já que ambos são os principais parceiros comerciais.
Histórico de recessões: A última recessão nos EUA ocorreu em 2020, com recuperação rápida após intervenções governamentais.
Diferenças nas discussões atuais sobre recessão indicam uma nova perspectiva sobre os desafios econômicos enfrentados.