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Risco maior, dólar em alta e retaliação de Trump: mercado teme os efeitos da prisão

Decisão de prisão domiciliar de Jair Bolsonaro gera incertezas no mercado financeiro. Analistas apontam riscos elevados para investimentos e potenciais consequências nas relações comerciais com os EUA.

Prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi determinada na noite de segunda-feira (4) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Analistas apontam que a decisão pode aumentar a aversão ao risco, pressionar ativos brasileiros e influenciar o tarifaço de Donald Trump.

Marcos Moreira, da WMS Capital, mencionou que esse cenário pode resultar em dólar em alta e precificação negativa de ativos de risco no Brasil.

Matheus Spiess, da Empiricus, indicou que o dólar pode subir, afetando a inflação e juros. O dólar teve alta de 0,40%, alcançando R$ 5,51, enquanto o EWZ (ETF iShares MSCI Brazil) caiu cerca de 1% após a decisão.

Gustavo Cruz, da RB Investimentos, expressou preocupações sobre Trump poder alterar o tarifaço, que começa em 6 de setembro, o que impactaria empresas brasileiras. Há temor com a revisão da lista de exceções e a imagem do Brasil no exterior.

Cruz observou que a percepção externa pode afetar investimentos estrangeiros, especialmente após um primeiro semestre forte.

O ministro Moraes justificou a prisão domiciliar afirmando que Bolsonaro usou redes sociais para incitar ataques ao STF e manter tentativas de interferência nas instituições de Justiça, evidenciada pela ligação com o deputado Nikolas Ferreira.

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