Rock, paz e IA: o som da Velvet Sundown acende um debate que vai além da música

The Velvet Sundown gera polêmica com quase um milhão de ouvintes mensais no Spotify, não só por sua música, mas por suspeitas de ser totalmente criada por Inteligência Artificial (IA).

No dia 23 de junho, um usuário do Reddit questionou a origem da banda, ressaltando a ausência de informações sobre os integrantes e características de conteúdo gerado por IA nas imagens do perfil do Spotify. Essa discussão levantou dúvidas sobre a autenticidade do grupo.

A biografia da banda menciona nomes como Gabe Farrow (vocal), Lennie West (guitarra) e Milo Rains (sintetizadores), mas não fornece fotos ou entrevistas, levando à especulação sobre sua veracidade. Os créditos das faixas também não mencionam produtores ou compositores.

O Valor tentou contato com a banda e o Spotify, mas não obteve resposta. O YouTube Music não possui informações específicas, enquanto a Deezer rotulou a banda como “conteúdo gerado por IA”.

O álbum "Floating on Echoes", lançado em 5 de junho, apresenta solos de guitarra com reverb e letras com mensagens anti-guerra. A faixa "Dust on the Wind" já tem mais de 787 mil reproduções.

O segundo álbum, "Dust and Silence", lançado em 20 de julho, traz canções mais melódicas, mantendo a temática das letras.

A banda anunciou um terceiro álbum, "Paper Sun Rebellion", previsto para 14 de julho.

A discussão vai além da banda: se for verdade que a Velvet Sundown foi criada por IA, o que isso significa para a indústria musical?

O produtor Francisco Carvalho destaca que a IA pode ser uma oportunidade para a música, enquanto Alex Buck alerta que seu uso excessivo pode prejudicar a cadeia de profissionais artísticos.

Ambos concordam que a IA não substituirá as bandas humanas e que existirão espaços para ambos os mercados.