Rodeio, Disney e falta de resultado: como está o ‘autoexílio’ de Eduardo Bolsonaro nos EUA
Eduardo Bolsonaro permanece nos EUA enquanto busca sanções a Alexandre de Moraes e enfrenta críticas por sua falta de resultados. A família desfruta de um estilo de vida americano, mas a situação gera controvérsias e questionamentos sobre sua real intenção de permanência no país.
Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado, está há mais de três meses nos EUA, mantendo o discurso de “exílio político” e articulando sanções contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
A estadia, que completa quatro meses na próxima semana, tem gerado críticas de parlamentares, preocupados com a falta de resultados concretos e com as postagens de sua esposa, Heloísa, em eventos sociais.
Eduardo e sua família estão nos EUA desde fevereiro, mas a localização não foi divulgada. O deputado considera pedir asile ou mudar para um visto de trabalho e admite a possibilidade de renunciar ao mandato.
Durante sua estadia, esteve na Casa Branca várias vezes, incluindo um encontro com o deputado Brian Mast. Contudo, a adesão a atos de mobilização nos EUA tem diminuído.
Apesar de esforços para obter sanções contra Moraes, uma fala do senador Marco Rubio foi considerada genérica. Aliados de Eduardo afirmam que o interesse dos EUA no Brasil é menor do que o esperado.
A família vive com economias próprias e apoio financeiro de Jair Bolsonaro, que enviou R$ 2 milhões ao filho. Heloísa compartilha a rotina nos EUA, mostrando eventos e viagens, mas enfrenta críticas sobre as postagens.
Internamente, Eduardo é visto como candidato forte ao Senado, mas também pode ser considerádo para a presidência em 2026. Aliados pensam que ele pode conduzir sua campanha à distância, utilizando a narrativa de “exílio político”.
O professor Demétrio Toledo considera que a situação de Eduardo não se encaixa como exílio político, devido ao ambiente democrático do Brasil e à ausência de riscos à sua segurança.
Para permanecer nos EUA, Eduardo pode solicitar a prorrogação do visto B1/B2 ou mudar para um visto de trabalho, tendo suporte jurídico para suas opções migratórias.