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Rodovias do Tietê conclui RJ. Agora, é achar um comprador

Rodovias do Tietê conclui recuperação judicial e transforma debenturistas em acionistas. A gestora Journey Capital lidera a nova fase da concessionária, que busca estratégias para monetizar sua participação.

Rodovias do Tietê sairá da recuperação judicial amanhã, encerrando um processo de mais de quatro anos que envolveu 18 mil debenturistas e uma dívida de quase R$ 2 bilhões.

A conversão das debêntures em ações foi concluída, transformando credores em controladores da empresa. Agora, os principais acionistas são a Journey Capital e o family office chileno Megeve, com cerca de 30% do capital cada.

No plano de RJ, os antigos controladores, Via Appia e Líneas, venderam suas ações por R$ 1 em troca da conversão das debêntures.

Os debenturistas escolheram entre três opções de pagamento:

  • Converter debêntures em ações;
  • Converter debêntures em ações com injeção de capital;
  • Trocar debêntures por novas debêntures participativas.

52% optaram pela terceira opção.

O managing partner da Journey Capital, Rogê Rosolini, destacou que a conclusão do RJ abre caminho para monetizar ativos, com a venda da participação podendo atrair diversos investidores.

O principal desafio será resolver o passivo regulatório com a ARTESP, relacionado a obras não executadas, que já supera R$ 800 milhões.

A Rodovias do Tietê se comprometeu a pagar esse passivo com novas obras, incluindo a duplicação de 10 km no trecho entre Botucatu e Salto.

A recuperação judicial da companhia começou em 2017 devido a dificuldades financeiras. A negociação com debenturistas se complicou por acordos que exigiam unanimidade.

Após várias etapas, a implementação do plano de recuperação foi aprovada pelo novo governo, facilitando o processo que havia estagnado anteriormente.

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