Ronaldo Fenômeno tem razão
A resistência à mudança no futebol brasileiro se reflete na reeleição de Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF. Mesmo com vozes como a de Ronaldo buscando inovação, o sistema fechado prevalece, mantendo o status quo e impedindo reformulações significativas.
Futebol Brasileiro: O ciclo de estagnação persistente
A derrota humilhante para a Alemanha em 2014, por 7 a 1, não gerou mudanças no futebol brasileiro. A impressão é que o ocorrido foi racionalizado e esquecido.
Na recente desistência de sua candidatura à presidência da CBF, Ronaldo Fenômeno lamentou a falta de disposição das federações estaduais em ouvir seu projeto revolucionário. O atual presidente, Ednaldo Rodrigues, foi reeleito esta semana.
Ronaldo reconheceu que sua tentativa de mudança foi inviável, afirmando que “o sistema não deixa realmente ninguém entrar”. As eleições na CBF carecem de concorrência.
Esse padrão reflete um status quo em todo o ecossistema social, onde as redes estabelecidas tentam manter o poder e cooptar adversários. Sistemas sociais fechados, assim como no futebol, tendem a produzir entropia, ou seja, a deterioração acumulada ao longo do tempo.
Ronaldo poderia ser uma Fonte de inovação no futebol, especialmente após a última atuação da Argentina em 25.mar.2025, mas o ambiente atual favorece a continuidade.
Embora as cifras do futebol sejam altas e crescentes, gerando satisfação em muitos, a qualidade do esporte vem sendo questionada. O diagnóstico sobre a perda de qualidade não é claro, dificultando as mudanças necessárias.
A pressão pela mudança diminuiu desde o 7 a 1, criando um ciclo em que as alterações são superficiais. Ronaldo e suas ideias enfrentam um grande desafio nesse contexto, onde as causas da deterioração permanecem invisíveis, mas relevantes.