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Roubo e furto de celulares caem no Brasil, mas estelionato dispara, chegando a 4 casos por minuto

O aumento alarmante de estelionatos no Brasil indica uma mudança preocupante para delitos digitais. Embora os roubos de celulares tenham diminuído, a escassez de resposta judicial para as vítimas expõe as falhas do sistema.

O Brasil sofreu um aumento alarmante de estelionatos em 2024, com mais de 2,1 milhões de casos, ou seja, >4 casos a cada minuto, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado em 24 de outubro.

Esse crescimento de 400% desde 2018 indica uma migração dos crimes da esfera física para o digital, algo que preocupa especialistas.

Enquanto os roubos e furtos de celulares diminuíram - 850.804 ocorrências em 2024 (-12% em relação ao ano anterior) - os estelionatos digitais já representam 12% dos casos registrados, evidenciando a transição para novos métodos criminosos.

Leonardo Carvalho, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ressalta que a virtualização do cotidiano facilita a ação de criminosos, criando oportunidades para fraudes sofisticadas.

São Paulo concentra 31,4% dos roubos de celulares no país, com uma taxa alarmante de 1.405,4 casos a cada 100 mil habitantes. Mesmo com a queda nas estatísticas gerais, a cidade registra dificuldades significativas nesse quesito.

A resposta judicial ainda é insuficiente: apenas 2,4% dos crimes de estelionato registrados resultaram em novas ações judiciais. A complexidade das investigações e a falta de especialização das forças policiais em crimes digitais dificultam a resolução dos casos.

Exemplos de vítimas, como Claudia Carneiro, que perdeu R$ 78 mil para um golpe, demonstram a dificuldade para recuperar valores e a frustração com a falta de uma resposta eficiente da justiça.

A falta de punição eficaz e a escassez de respostas para as vítimas refletem as falhas do sistema de justiça brasileiro diante do aumento dos crimes digitais.

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