Ruanda aceita receber até 250 deportados pelos EUA de diferentes nacionalidades
Governos dos EUA e Ruanda firmam acordo para receber até 250 imigrantes deportados. A medida visa a integração desses indivíduos na sociedade ruandesa, com acesso a serviços e apoio.
Governo dos EUA firmou acordo com Ruanda para deportar até 250 imigrantes de diversas nacionalidades.
O entendimento foi assinado em junho, em Kigali, capital ruandesa, mas não teve comentários da Casa Branca ou do Departamento de Estado. O Departamento de Segurança Interna passou os questionamentos ao setor diplomático.
Ruanda terá a autoridade de aprovar ou rejeitar os deportados, com o primeiro grupo de dez sendo triado para o acolhimento. Os aceitos terão acesso a capacitação profissional, assistência médica e apoio com moradia.
Segundo Yolande Makolo, porta-voz do governo ruandês, o objetivo é integrar os migrantes à sociedade local, que cresce rapidamente. "Nós vivemos o drama do deslocamento forçado", destacou.
Os deportados poderão deixar Ruanda quando desejarem, desde que não tenham pendências criminais. Os EUA oferecerão um subsídio financeiro a Ruanda, cujo valor não foi divulgado.
O acordo poderá ser estendido além dos 250 imigrantes. A estratégia do governo Trump busca países dispostos a acolher deportados, incluindo com histórico criminal. Críticos consideram a prática desumana, apontando riscos aos deportados.
A legalidade desse tipo de deportação está em disputa judicial. Apesar de autorização da Suprema Corte, o tema ainda é discutido em tribunal federal de Boston.
Não é a primeira vez que Ruanda aceita acordos desse tipo; em 2022, firmou pacto com o Reino Unido para receber solicitantes de refúgio, que foi cancelado.
Embora elogiada por sua reconstrução após o genocídio de 1994, Ruanda enfrenta críticas de grupos de direitos humanos por abusos e conflitos na República Democrática do Congo, acusações que o governo nega.