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Ruanda e República Democrática do Congo assinam acordo para encerrar conflitos

Acordo de paz visa pôr fim aos conflitos entre Ruanda e Congo e inclui a retirada das tropas ruandesas em 90 dias. A iniciativa, mediada pelos EUA, também busca atrair investimentos para a rica região em minerais estratégicos.

Ruanda e a República Democrática do Congo assinaram um acordo de paz nesta sexta-feira (27), em Washington, mediado pelos Estados Unidos.

O acordo busca encerrar combates que deixaram milhares de mortos e forças deslocadas em 2023.

Mediações foram conduzidas pelo governo de Donald Trump, em busca de investimentos ocidentais na região rica em minerais como tântalo, ouro e cobalto.

O compromisso prevê a retirada das tropas ruandesas do leste do Congo em até 90 dias e lançamento de uma integração econômica regional.

Trump enfatizou o papel dos EUA em garantir direitos minerais do Congo e destacou sua habilidade em mediar o acordo.

Analistas relatam que Ruanda enviou 7.000 soldados para apoiar os rebeldes do M23, que tomaram cidades-chave do leste do Congo.

O chanceler ruandês, Olivier Nduhungirehe, chamou o acordo de ponto de virada, enquanto a chanceler congolese, Thérèse Kayikwamba Wagner, pediu cumprimento das condições.

A ONU e potências ocidentais acusam Ruanda de apoiar o M23, o que é negado pelo governo de Kigali, que afirma agir em autodefesa.

"É a melhor chance que temos de um processo de paz", afirmou Jason Stearns, cientista político.

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