Rui Costa diz que governo não tem 'proposta alternativa' sobre IOF
Governo reafirma defesa de decretos do IOF antes da audiência com o Congresso. Medida faz parte de uma estratégia ampla para reconquistar a confiança da população diante da crescente desaprovação ao governo Lula.
Na véspera de audiência no STF, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, reafirmou que o governo defende a manutenção dos decretos presidenciais que aumentaram o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Esses decretos foram derrubados pelo Congresso, provocando uma ação da Advocacia-Geral da União (AGU) e a decisão do ministro Alexandre de Moraes pela instalação de uma mesa de negociações.
Rui Costa afirmou: "A posição oficial do governo é que o decreto está regular." Ele também destacou que não há propostas alternativas e que o governo não negociará sobre o IOF para operações isentas, como moeda em espécie.
A declaração surgiu após uma cerimônia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória para isenção da taxa de verificação dos taxímetros, de R$ 52, passando a ser cobrada a cada dois anos. O governo estima uma economia de R$ 9 milhões para a categoria.
Essa iniciativa visa reaproximar o governo de segmentos populares, em meio a um desgaste na opinião pública, onde a desaprovação chegou a 57%, maior índice desde o início do terceiro mandato de Lula.
Entretanto, ministros e assessores reportam sinais de recuperação nas avaliações, especialmente após a resposta do Planalto ao tarifaço anunciado por Donald Trump contra produtos brasileiros.