Rumo: BBA vê RAIL3 “fechando gap” após perder rali e reitera compra; ação sobe
O Itaú BBA recomenda a compra das ações da Rumo, destacando um potencial de recuperação no curto prazo apesar de preocupações com riscos operacionais e a dependência das taxas de juros. A expectativa é de que resultados mensais e melhorias na safra impulsionem o desempenho da empresa nos próximos meses.
Ações da Rumo (RAIL3) sobem 44% no ano, mas ainda ficam atrás do Ibovespa, que avança 14%. A Rumo apresenta alta de apenas 7%, refletindo preocupações operacionais e uma previsão conservadora para 2025.
Recentemente, o Itaú BBA recomendou compra das ações da Rumo, apesar de reduzir o preço-alvo de R$ 29 para R$ 25. Isso ocorre em meio a uma possível rotação de investidores em busca de ações fora do rali.
Analisando o curto prazo, o BBA espera um desempenho melhor após os dados mensais de volume que serão divulgados na próxima segunda-feira. Uma melhora nas projeções da safra de milho, junto ao volume remanescente de soja, pode ajudar a Rumo a alcançar seu piso de crescimento de 6% no restante de 2025.
No entanto, permanecem preocupações com tarifas, consumo de caixa e a execução de investimentos, dada a escala dos projetos. O BBA projeta um capex de R$ 6,1 bilhões em 2025 e R$ 7,2 bilhões em 2027, o que pode resultar em geração de caixa negativa no final da década.
Em relação às métricas financeiras, a Rumo está sendo negociada a 6,0 vezes EV/EBITDA para 2025, um nível atraente com a queda nas taxas de juros. O banco projeta um fluxo de caixa livre de R$ 4,4 bilhões em 2026 e R$ 5,0 bilhões em 2027, indicando um dividend yield de cerca de 9% em 2026.
O modelo do BBA assume um EBITDA de R$ 8,2 bilhões em 2025, próximo ao ponto médio do guidance da empresa, e um capex de R$ 6,1 bilhões, próximo ao limite superior da faixa estimada pela companhia.