Rússia ataca Ucrânia com 700 drones após Trump prometer enviar mais armas

A Rússia realizou um ataque recorde com 728 drones contra a Ucrânia na noite de terça para quarta-feira (9), após o presidente dos EUA, Donald Trump, prometer enviar mais armas e criticar o presidente russo, Vladimir Putin.

As unidades de defesa aérea da Ucrânia conseguiram destruir quase todos os drones, utilizando sistemas de interferência eletrônica, conforme informado pela Força Aérea da Ucrânia.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, destacou a necessidade de sanções "duras" às fontes de receita da Rússia, como compradores de petróleo russo.

Trump mencionou a possibilidade de apoiar um projeto de lei no Senado que impõe sanções severas à Rússia, incluindo tarifas de 500% sobre suas exportações. Ele fez observações negativas sobre Putin em uma reunião de gabinete.

Enquanto isso, a Europa trabalha em um novo pacote de sanções contra Moscou. Trump, que chegou ao poder prometendo um fim rápido à guerra, tem se distanciado da forte defesa de Kiev e começou a aceitar algumas justificativas russas.

As negociações entre Rússia e Ucrânia não trouxeram resultados significativos até agora, com Moscou não aceitando o cessar-fogo proposto.

Após a promessa de Trump, Zelensky ordenou uma expansão dos contatos com os EUA para garantir entrega de suprimentos militares essenciais, especialmente para defesa aérea.

O enviado de Trump, Keith Kellogg, participará de uma conferência internacional em Roma nos dias 10 e 11 de julho com Zelensky e aliados europeus.

Moradores de Kiev e outras cidades passaram a noite em abrigos antiaéreos devido ao ataque, que teve como alvo regiões próximas à Polônia, membro da Otan. A cidade de Lutsk foi o principal alvo, com danos registrados em outras 10 províncias.

Embora prédios tenham sido danificados, não houve mortos ou feridos, marcando o maior ataque aéreo da guerra contra Lutsk, uma cidade de 200.000 habitantes.