Rússia começa a discutir cessar-fogo na Ucrânia com EUA
Rússia e Ucrânia iniciam negociações para cessar-fogo mediadas pelos EUA, enquanto Moscou busca garantir vantagens no conflito. Ambas as partes enfrentam desafios complexos que podem dificultar um acordo duradouro.
Rússia inicia discussões sobre cessar-fogo proposto pelos EUA, aceito pela Ucrânia.
O presidente Vladimir Putin pode conversar com Donald Trump nesta quinta (13).
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, informou que houve conversas entre negociadores na quarta (12), envolvendo Mike Waltz (EUA) e Iuri Uchakov (Rússia).
Steven Witkoff, enviado de Trump ao Oriente Médio, chegou a Moscou para debater os termos do cessar-fogo. Peskov indicou que um telefonema internacional pode ocorrer mais tarde, mas não confirmou detalhes.
A Rússia mostrou ceticismo quanto à proposta, preocupada com a concessão de Trump de reativar ajuda militar à Ucrânia. A falta de um plano concreto para a trégua é uma preocupação adicional.
A equipe de Volodimir Zelenski, presidente ucraniano, demanda a devolução de crianças retiradas para a Rússia, um tema polêmico e complexo.
Já Waltz e Uchakov estiveram reunidos em Riad, há duas semanas, para iniciar as conversas promovidas por Trump. A incerteza sobre o que foi prometido à Ucrânia cria tensão nas negociações.
A lista de discussões futuras inclui:
- concessões territoriais
- garantias de segurança
- status das regiões anexadas
- reparações econômicas
- populações deslocadas
Putin busca aproveitar o momento e retomar áreas no leste da Ucrânia, especialmente após recuos ucranianos. O Ministério da Defesa da Rússia anunciou a recuperação da cidade de Sudja.
A retirada ucraniana prejudica a posição de Zelenski na negociação. Analistas especulam sobre um possível acordo com os EUA no processo.
Putin visitou a linha de frente, vestido em uniforme militar, refletindo sua imagem de líder em guerra, enquanto Trump afirma que "a bola está com a Rússia".
Intensa troca de fogo continua, com os ucranianos relatando ter abatido 74 de 117 drones russos, e Moscou afirmando ter atingido 77 drones sobre seu território.