Rússia de Putin recebe Lula, Xi e ditadores para cerimônia do Dia da Vitória
Celebrações do 80º Dia da Vitória da Rússia ocorrem sob forte tensão com receios de possíveis ataques ucranianos. Líderes de diversas nações, incluindo Brasil e China, estarão presentes, enquanto medidas de segurança rigorosas são implementadas em Moscou.
A Rússia comemora na sexta-feira (9) o 80º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazista, com receios de possíveis interrupções pela Ucrânia.
Vinte e nove líderes mundiais, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o dirigente chinês Xi Jinping, devem participar, conforme o Kremlin.
Iuri Uchakov, assessor de política externa de Putin, ressaltou o sucesso do evento apesar da hostilidade ocidental.
A lista de participantes inclui líderes das ex-repúblicas soviéticas e de vários países da África e Ásia. Ausentes estão líderes ocidentais, embora veteranos americanos estejam presentes.
No desfile da praça Vermelha, soldados russos marcham com equipamentos militares, e Putin costuma fazer um discurso rodeado por veteranos.
Após ataques de drones ucranianos em Moscou, a segurança está elevada, incluindo interrupções nas telecomunicações. O Kremlin declarou que considera os ataques ucranianos como atos de terrorismo.
Putin propôs um cessar-fogo de 72 horas, que a Ucrânia considera inútil, propondo um cessar-fogo incondicional de 30 dias.
O 9 de maio é considerado sagrado para muitos russos, simbolizando a vitória sobre o nazismo, e Putin busca unir a sociedade russa em torno dessa memória.
Esta data, inicialmente um dia normal em 1947, foi transformada em feriado e passou a incluir desfiles militares anuais desde 2008, refletindo a recuperação da imagem da Rússia pós-comunista.