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Rússia diz que EUA instalaram mísseis na Europa e rompe com acordo

Rússia encerra moratória sobre mísseis nucleares em resposta a armamentos dos EUA na Europa. A decisão agrava as tensões entre Moscou e a Otan, conforme alertou o ex-presidente Medvedev.

Rússia anuncia fim de moratória sobre mísseis nucleares

No dia 4 de agosto de 2025, o Ministério das Relações Exteriores russo declarou que não se considera mais vinculado à moratória que impedia a instalação de mísseis nucleares de médio e curto alcance.

O governo russo justifica a medida com a alegação de que os Estados Unidos estariam implantando armamentos semelhantes na Europa e na Ásia-Pacífico.

Dmitri Medvedev, ex-presidente russo e atual vice-chefe do Conselho de Segurança, afirmou que essa decisão é uma reação à postura “antirrussa” da OTAN.

Medvedev comentou: “O comunicado é o resultado da política anti-Rússia dos países da OTAN”, em uma postagem no X.

A decisão russa ocorre seis anos após os EUA se retirarem do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) em 2019. Desde então, a Rússia mantinha uma moratória unilateral cujas condições já não se aplicam mais.

No comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores explicou: “As condições para manter uma moratória unilateral desapareceram”, referindo-se ao desdobramento de mísseis dos EUA.

Essa declaração surge após Trump ordenar o reposicionamento de submarinos nucleares, aumentando as tensões entre os dois países.

O tratado INF, assinado em 1987, eliminou uma classe inteira de armamentos nucleares. O ministro Sergei Lavrov já havia sinalizado em dezembro de 2024 que a moratória era inviável.

Medvedev advertiu que “os adversários da Rússia enfrentarão novas circunstâncias”, prometendo mais ações de Moscou.

Com esta decisão, a Rússia pode implantar mísseis nucleares nas “regiões apropriadas”, elevando as tensões com a OTAN.

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