Rússia e Ucrânia trocam farpas e geram dúvidas sobre negociações de paz em Istambul
Tensões aumentam antes da reunião em Istambul, com ambas as partes trocando insultos e demandas intransigentes. A falta de consenso sobre cessar-fogo e garantias de segurança complica as negociações para a paz.
A troca de provocações entre Rússia e Ucrânia intensifica a insegurança sobre a reunião marcada para esta quinta-feira, 15, em Istambul. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, chamou a delegação russa de "pura fachada", enquanto a Rússia respondeu, qualificando Zelensky como "palhaço".
A delegação russa é liderada por Vladimir Medinski, conselheiro do Kremlin. Em contraste, a reunião anterior em Moscou contou com a presença do presidente Vladimir Putin e chefes militares.
Embora Putin tenha anunciado o encontro, seu porta-voz Dmitri Peskov afirmou que ele "não tem planos" para viajar à Turquia. Zelensky, por sua vez, chegou a Ancara com uma delegação de "alto nível", incluindo representantes do Exército e serviços de inteligência.
A agenda da reunião ainda não foi confirmada, e acontece em um conflito que já dura mais de três anos, resultando em dezenas de milhares de mortos.
Contexto político e impasses:
- As negociações foram convocadas após pressão de países europeus e Estados Unidos para que a Rússia aceite um cessar-fogo.
- Putin rejeitou a proposta e exige que a Ucrânia renuncie à adesão à Otan e reconheça os territórios anexados.
- A Ucrânia exige garantias de segurança e a retirada total das tropas russas dos 20% de seu território ocupado.
No mesmo dia, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não vê avanços até se reunir com Putin e não descartou uma viagem à Turquia. Seu secretário de Estado, Marco Rubio, disse que Trump está aberto a "qualquer mecanismo" para promover a paz.