Rússia lança maior ataque com drones desde o início da guerra e deixa ao menos oito mortos
Ataque aéreo russo marca um novo patamar na invasão da Ucrânia, com diversas regiões atingidas e um número crescente de vítimas. Presidente Zelensky clama por sanções mais severas contra Moscou enquanto conflitos permanecem sem solução diplomática.
A Rússia realizou, na madrugada desta quarta-feira (9), o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde a invasão, em 2022.
Foram lançados 728 drones e 13 mísseis. A Força Aérea ucraniana interceptou a maioria: 711 drones e sete mísseis foram destruídos.
O principal alvo foi Lutsk, na região de Volhynia, além de ataques em Khmelnytsky, Kiev, Sumy, Zaporizhzhia e Kherson. Pelo menos oito pessoas morreram.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que o ataque demonstra a recusa da Rússia em negociar a paz e cobra sanções mais duras a Moscou, especialmente no setor petrolífero.
A ação ocorreu após o presidente dos EUA, Donald Trump, prometer o envio de “mais armas” à Ucrânia, coincidindo com os bombardeios.
Do lado russo, o Ministério da Defesa informou ter interceptado 86 drones ucranianos. Oito civis também morreram em ataques na região de Donetsk.
O Kremlin criticou a promessa de Trump e, apesar da pressão internacional, não há perspectivas para novas negociações. Desde maio, não houve rodadas de diálogo após dois encontros não produtivos na Turquia.
A Rússia anunciou a tomada de uma cidade na região de Dnipropetrovsk, enquanto a Ucrânia demanda mais sistemas de defesa aérea. O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos.
Vladimir Putin questionou novamente a soberania ucraniana, afirmando que “os povos russo e ucraniano são um só” e que “toda a Ucrânia pertence à Rússia”, gerando críticas de Kiev.
Com informações da AFP