Rússia recebe chanceler do Irã nesta segunda, mas deve evitar atuação militar no Oriente Médio
Moscou busca equilibrar apoio ao Irã e reaproximação com Washington enquanto condena os ataques dos EUA. A reação moderada do Kremlin reflete preocupações econômicas e estratégicas na região.
Rússia adota cautela após ataques dos EUA a instalações nucleares do Irã no último fim de semana.
O governo russo condenou a ofensiva americana e se ofereceu como mediador, sem sinal de apoio militar ao Irã.
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, levou uma carta do líder iraniano a Moscou, buscando apoio de Vladimir Putin. Teerã, insatisfeita, solicita mais ajuda.
Apesar da aliança, a resposta da Rússia é moderada. O Kremlin afirma que os ataques dos EUA colocam o Oriente Médio em risco e busca uma solução diplomática.
Dilema de Putin: O presidente precisa evitar gestos hostis à Casa Branca, enquanto lida com pressões internas para apoiar o Irã.
Analistas alertam que um gesto contrário a Trump pode resultar em novas sanções.
Impacto econômico: A alta dos preços do petróleo beneficia a Rússia, mas a escalada de tensões ameaça investimentos de US$ 2,76 bilhões no Irã, com planos de até US$ 8 bilhões.
Preocupações com a segurança: A Rússia teme pelo bem-estar de seus técnicos na usina nuclear de Bushehr, construída com ajuda russa.
O chefe da Rosatom alertou sobre os riscos de um novo desastre nuclear, enquanto o vice-presidente do Conselho de Segurança, Dmitry Medvedev, criticou Trump por iniciar “uma nova guerra”.
O Kremlin, apesar das tensões, defende a desescalada e mantém canais de comunicação abertos com Teerã, Washington e Tel Aviv.