Rússia recruta adolescentes ucranianos como espiões e sabotadores para ataques

Adolescente ucraniano de 16 anos é preso por espionagem em apoio à Rússia, segundo o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU).

O jovem foi recrutado pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) via Telegram, visando usuários vulneráveis com ofertas de dinheiro.

Instruído a fotografar posições de tropas e fornecer informações de localização, foi preso em Dnipro ao levantar o celular próximo a um alvo militar.

As informações que ele coletou poderiam ter sido usadas para atacar com mísseis ou drones russos, em um contexto onde ataques recentes resultaram em múltiplas vítimas.

O caso é visto como parte de uma estratégia russa de recrutamento de adolescentes, especialmente entre aqueles com dificuldades financeiras e vulnerabilidades.

Desde o início do conflito, o SBU prendeu mais de 700 pessoas por crimes relacionados, dos quais cerca de 175 eram menores de idade.

As autoridades advertem que crianças e adolescentes são especialmente suscetíveis devido à falta de compreensão das consequências de suas ações.

Uma campanha de conscientização foi lançada, com o objetivo de ensinar jovens a identificar tentativas de recrutamento e resistir a subornos.

Além disso, casos anteriores incluíram meninos involuntários em ataques que resultaram em fatalidades, e uma mulher de 19 anos também foi presa por atividades terroristas.

A detenção de menores levanta preocupações sobre como o sistema judicial lidará com esses casos sob as normas internacionais de justiça juvenil.

As autoridades, no entanto, permanecem firmes na necessidade de combater a ameaça de traição, mesmo entre os mais jovens.