S&P 500 e Nasdaq registram novos recordes, finalizando a impressionante recuperação do segundo trimestre
A alta das ações dos EUA reflete o otimismo nas negociações comerciais e a resiliência do mercado. O desempenho do setor de tecnologia e a expectativa de cortes de juros pelo Fed continuam a impulsionar os índices para novos recordes históricos.
Ações dos EUAnegociações comerciais e pelo desempenho das ações de tecnologia.
O Dow Jones subiu mais de 0,6%, enquanto o Nasdaq e o S&P 500 registraram altas de cerca de 0,5%, ambos alcançando novos recordes. O S&P 500 fechou acima de 6.200 pontos pela primeira vez.
A Apple liderou as altas entre as gigantes de tecnologia. A Oracle disparou após firmar um acordo de serviços em nuvem de US$ 30 bilhões por ano. Os grandes bancos também avançaram após passarem no teste de estresse anual do Fed.
As expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve contribuíram para o melhor desempenho semestral dos títulos do Tesouro em cinco anos. O dólar apresentou sua maior sequência de quedas mensais desde 2017.
Segundo Anthony Saglimbene, da Ameriprise, os mercados mostraram resiliência diante de choques geopolíticos, com condições econômicas e de lucros sólidas.
O Goldman Sachs projeta que o Fed cortará juros em setembro, com efeitos inflacionários das tarifas sendo menores que o esperado.
O S&P 500 caiu mais de 10% após o anúncio de tarifas em abril, mas se recuperou rapidamente, e muitos analistas acreditam que as ações continuarão subindo até o final do ano.
Com o prazo de 9 de julho para acordos comerciais se aproximando, a União Europeia busca um acordo com uma tarifa universal de 10%. Trump ameaça novas tarifas sobre o Japão.
Fawad Razaqzada, da City Index, destaca que a falta de escaladas no Oriente Médio e na guerra comercial pode ajudar a estabilizar os mercados de ações.
Por outro lado, o JPMorgan Chase alerta que as ações podem ser pressionadas se os cortes de juros forem acompanhados de um enfraquecimento econômico, enquanto o Morgan Stanley acredita que, sem aumento significativo no desemprego, as ações podem se beneficiar desses cortes.
O relatório de emprego de junho será divulgado na quinta-feira, com expectativa de desaceleração na criação de postos de trabalho. Economistas projetam uma taxa de desemprego ligeiramente maior, de 4,3%.
O Bank of America alerta sobre o risco de uma bolha especulativa no mercado de ações, enquanto a próxima temporada de balanços deve testar os fundamentos do recente rali.
De acordo com Seema Shah, da Principal Asset Management, fundamentos econômicos saudáveis são um amortecedor contra manchetes negativas, mas um evento adverso maior poderia impactar o consumo e os lucros.
Ela também enfatiza a importância da diversificação dos portfólios em um cenário de incerteza política.