S&P 500 x Latam: dividendos e valuations baixos podem dar vantagem à região
A recuperação das bolsas latino-americanas em 2025 surpreende com ganhos expressivos, superando o S&P 500. Com dividend yields atraentes e avaliações historicamente baixas, a região desponta como uma nova oportunidade de investimento para os investidores globais.
Rali das bolsas latino-americanas surpreende investidores em 2025, com ganhos de mais de 30% e valuations recordes.
A região pode superar o S&P 500 nos próximos anos, favorecida pelos dividend yields atrativos. Colômbia, Chile e Brasil são destaques com rendimentos 6x maiores que o índice norte-americano.
O S&P BMV/IPC do México subiu 29%, impulsionado por fluxos consistentes e um cenário macroeconômico estável.
Um relatório da Ashmore sugere um desempenho estrutural superior da América Latina em comparação ao S&P 500, com dividend yields mais altos: Colômbia (14,1%) e Brasil (8,2%) versus 1,3% dos EUA.
Os múltiplos de preço/lucro (P/L) da América Latina estão significativamente descontados em relação ao S&P 500, que está perto de máximos históricos a 22x.
A análise projeta que a América Latina pode ter um desempenho acumulado superior de 26% ao S&P 500 em 5 anos, devido a dividendos reinvestidos e crescimento dos lucros.
Além disso, os riscos de concentração no S&P 500, dominado por poucas empresas de tecnologia, podem expor o mercado a riscos sistêmicos.
O Brasil mantém a taxa Selic em 15% para controlar a inflação, enquanto o México reduziu em 400 pontos-base. Chile e Peru projetam crescimento entre 2,5% e 3%.
Analistas sugerem que investidores em ações dos EUA considerem realocar parte para a América Latina, dada a baixa correlação nas últimas duas décadas.