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Sabe aquele cafezinho? Nos EUA, ele deve ficar ainda mais caro após tarifas de Trump sobre o Brasil

Tarifa de 50% sobre café importado do Brasil pode elevar preços para consumidores americanos. Especialistas alertam que mudanças no fornecimento podem afetar também a qualidade do produto.

A tarifa de 50% proposta pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sobre importações do Brasil pode tornar o café mais caro no país a partir do próximo mês.

Essa medida elevou a pressão sobre a indústria do café, que já enfrenta picos de preços devido a colheitas menores no Brasil e no Vietnã por secas. Nos EUA, o preço médio de 450 gramas de café aumentou de US$ 5,99 para US$ 7,93 em um ano.

A tarifa é vista como uma retaliação a Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, que enfrenta acusações de tentativa de golpe. Mais de 99% do café consumido nos EUA é importado, sendo o Brasil responsável por 8,1 milhões de sacas em 2024.

Guilherme Morya, analista do Rabobank, alerta que mudanças repentinas seriam uma “situação de perda para todos” e que a tarifação poderia obrigar fornecedores a buscar novos clientes em diferentes mercados.

Se os custos no atacado subirem 10%, estima-se que o preço de uma xícara de café aumente cerca de US$ 0,25. Demorará aproximadamente três meses para que os consumidores percebam esses aumentos.

  • A Starbucks e outros grandes compradores têm contratos de longo prazo, mas podem sentir os impactos das tarifas.
  • Procurar novos fornecedores pode ser desafiador devido à qualidade e volume do café disponível.
  • Os EUA produzem apenas uma fração do café que consomem.

Consumidores podem ter que escolher entre pagar mais ou optar por alternativas como chá ou energéticos. A Starbucks já introduziu novas taxas que descontentaram alguns clientes.

Além do café, as tarifas afetariam também o suco de laranja, já que cerca de 90% do suco fresco importado vem do Brasil e a Flórida tem dificuldades na produção.

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