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Sabesp mantém política que faz periferias de SP conviverem com cortes de água há mais de uma década

Moradores de bairros da periferia de São Paulo enfrentam cortes de água frequentes e sem aviso. Apesar das reclamações, a Sabesp não garante soluções eficazes para o problema que afeta a qualidade de vida da população.

Falta d'água em São Paulo afeta moradores da periferia

Gabriel Lima, 30, morador do Jardim Apurá, enfrenta cortes de água constantes em sua casa. A interrupção do fornecimento ocorre todas as noites e se intensifica nos finais de semana, dificultando atividades diárias, como banhos e refeições.

Esse problema não é isolado, afligindo muitos habitantes da capital, especialmente em áreas mais vulneráveis. A legislação determina que a Sabesp deve fornecer água 24 horas, exceto em situações específicas.

A companhia, que foi privatizada em 2024, disse que faz ajustes na pressão da água durante a noite para evitar vazamentos. No entanto, essa prática tem causado falta de água em residências, conforme relatos de moradores, incluindo a analista Natalia Bitencourt, 29, que convive com cortes desde 2014.

Reclamações foram registradas contra a Sabesp, que não tem respondido adequadamente aos problemas, segundo o advogado Wagner Nogueira, 44. A agência reguladora, Arsesp, está ciente da situação e monitora o abastecimento, mas não confirmou notificações ou multas à empresa.

A deputada Tabata Amaral também levantou o problema, observando que cortes noturnos discriminam áreas mais pobres. As medidas da Sabesp, justificadas pela gestão de demanda, são criticadas por não promoverem melhorias na infraestrutura.

Fernando Silva, 43, professor da zona leste, compartilha a frustração de que o serviço de água é inferior nas periferias, mesmo pagando o mesmo valor que moradores de áreas nobres.

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