Sabesp mira universalização com alavancagem sob controle após privatização, diz CFO
Sabesp busca eficiência e controle de alavancagem para aumentar investimentos e universalizar serviços. Em meio a cortes de pessoal e queda no Ebitda, a empresa projeta expansão até 2029, antecipando metas de entrega de água e esgoto a 90% da população de São Paulo.
A Sabesp implementou medidas para aumentar sua eficiência e controlar a alavancagem após sua privatização no ano passado. A empresa pode dobrar os investimentos para universalizar os serviços e atingir mais clientes.
O diretor financeiro, Daniel Szlak, afirmou que a empresa está em um nível “confortável” de alavancagem para começar 2025. Privatizada em julho, a Sabesp cortou mais de 2.000 funcionários por meio de um programa voluntário.
Os cortes impactaram os lucros do quarto trimestre, com um Ebitda contábil que caiu 22%, para R$ 2,3 bilhões. A empresa está revisando contratos e lançando um plano de eficiência plurianual.
Os cortes geraram um custo de R$ 630 milhões, totalmente provisionados para 2024. A relação dívida líquida/Ebitda era de 1,8% no final de 2024. Szlak destacou a vantagem competitiva em um cenário de juros altos.
A lei federal exige que a Sabesp entregue água e esgoto para >90% da população de São Paulo até 2033, mas a empresa se compromete a fazê-lo até 2029, o que demandará a duplicação dos investimentos.
A receita líquida do quarto trimestre aumentou 5,8%, chegando a R$ 5,8 bilhões. Szlak acredita que os esforços de universalização gerarão receita adicional através do aumento de volume e tarifas. Melhorias também estão sendo feitas nas cobranças, incluindo pagamentos via cartão de crédito.
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