Sachês de nicotina como estratégia na redução de danos do tabagismo
Dados da OMS mostram que a meta de redução do tabagismo não será atingida, destacando a necessidade de alternativas menos prejudiciais. Os sachês de nicotina, recém-autorizados pela FDA, representam uma opção promissora para minimizar os riscos associados ao consumo de tabaco.
Apesar dos esforços globais, o tabagismo continua a ser um problema grave, com 1,25 bilhão de adultos fumando atualmente.
A meta da OMS de reduzir o consumo de cigarro em 30% até 2025 não será alcançada.
A redução de danos é uma abordagem promissora, com inovações como os sachês de nicotina, que foram autorizados pelo FDA como opções de menor risco.
Esses sachês oferecem nicotina sem combustão, reduzindo a exposição a substâncias tóxicas e carcinogênicas.
- Os sachês são colocados entre lábios e gengiva, liberando nicotina na corrente sanguínea.
- Não contêm folhas de tabaco, diferentemente dos snus.
A nicotina não é cancerígena, mas a combustão do tabaco é responsável por muitos riscos. “As pessoas fumam pela nicotina, mas morrem por causa do alcatrão,” afirmou o psiquiatra Michael Russell.
Somado a isso, 10% dos fumantes conseguem parar de fumar, mas as recaídas são altas: 70% nos primeiros seis meses e 80% em um ano.
No entanto, os sachês não são isentos de riscos, podendo aumentar a frequência cardíaca e causar dependência.
A regulamentação da produção e comercialização é crucial. No Brasil, a produção não é autorizada, mas o consumo é permitido, o que pode criar um mercado ilegal.
É necessário estabelecer normas claras para garantir a qualidade e segurança dos produtos, mantendo a proteção tanto dos usuários quanto de novos consumidores.
Governos e autoridades devem implementar regulamentações baseadas em evidência para proteger a saúde pública, aproveitando o potencial dos sachês de nicotina para reduzir os danos do tabagismo.