Saiba como investir no Brasil após a tarifa de 50% dos EUA sobre o país
Tarifa imposta por Trump pode agravar a incerteza econômica no Brasil e desestimular investimentos. Especialistas alertam que setores como siderurgia e automotivo estão entre os mais afetados, podendo resultar em volatilidade nos mercados.
Retaliação Comercial: O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que entra em vigor em 1º de agosto.
A medida já afrouxa os laços comerciais entre os dois países, com especialistas alertando para um ponto de virada negativo nos investimentos no Brasil, especialmente na renda variável.
Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, questiona a credibilidade das novas medidas e como elas afetarão a incerteza econômica.
O setor de renda fixa deve ser observado com cautela, pois o aumento das tarifas pode levar a um forte aumento do dólar e novas altas na Selic.
O aumento do risco-Brasil ameaça afastar investidores estrangeiros, que injetaram R$ 27,8 bilhões na bolsa no início do ano. Setores como siderúrgico e automotivo são os mais impactados.
Entre as empresas brasileiras com maior exposição à economia americana, estão:
- Embraer - 26% de receita exportada para os EUA
- Tupy - 20%
- Suzano - 15%
- WEG - 7%
A importância econômica dos EUA para o Brasil tem diminuído, com a China tornando-se o principal parceiro comercial. Apesar dos novos encargos, o Brasil pode encontrar compradores alternativos para seus produtos, principalmente na Europa e na Ásia.
Feijó e Daniel Toledo destacam que setores como agroindústria, indústria farmacêutica e tecnologia enfrentarão dificuldades devido à dependência de insumos dos EUA.
A retaliação tarifária pode levar multinacionais americanas a reavaliar seus investimentos no Brasil. A guerra tarifária poderá ainda acelerar a saída dessas empresas se um acordo não for alcançado até agosto.
A situação continua em aberto e poderá se desdobrar com novas negociações entre os países.