Saiba como o corpo do papa Francisco foi embalsamado
Vaticano inicia processo de embalsamamento do papa Francisco, falecido aos 88 anos, para seu velório em Roma. Mudanças nos procedimentos refletem a abordagem reformista do pontífice, que solicitou um sepultamento simplificado fora do Vaticano.
Papa Francisco morre aos 88 anos, na segunda-feira (21.abr.2025). O Vaticano prioriza o embalsamamento do corpo para velório em Roma devido ao clima úmido, que pode acelerar a decomposição. O procedimento moderno envolve drenar o sangue e injetar uma mistura de formol, álcool e água, permitindo que o corpo permaneça apresentável por dias.
O velório teve início na manhã de terça-feira (22.abr). Desde o século 20, o Vaticano adotou métodos convencionais de embalsamamento. O primeiro papa a receber um embalsamamento moderno foi Pio 10º, em 1914, e a mudança definitiva ocorreu com Pio 12, em 1958, que teve um procedimento inadequado, causando problemas de decomposição.
A família Signoracci tem longa tradição em embalsamar papas, incluindo João Paulo 1º e Paulo 6º. Massimo Signoracci comentou que João 23 parecia perfeito após 37 anos, devido ao embalsamamento adequado. Historicamente, órgãos eram removidos para relíquias, mas desde Leão 13, corpos papais permanecem intactos.
Francisco, em vez de ser sepultado em 3 caixões, optou por um único caixão de madeira revestido de zinco. Ele será o primeiro papa em mais de um século a ser enterrado fora do Vaticano, na Basílica de Santa Maria Maior.
Em 2023, Francisco havia passado por hospitalização e enfrentou problemas respiratórios. Sua última aparição pública foi no domingo (20.abr), na bênção de Páscoa. A mensagem exortou políticos a não ceder à “lógica do medo” e apelou pelo desarmamento.
Com a morte de Francisco, os cardeais iniciarão o conclave para escolher o 267º papa, processo que envolve votação secreta e é anunciado com fumaça que sai da Capela Sistina.
Leia mais sobre a morte do papa Francisco: