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Saiba como será o primeiro avião militar de Portugal que vai ser fabricado no Brasil

Aeronave LUS-222 promete fortalecer a colaboração entre Brasil e Portugal no setor aeroespacial. Com previsão de conclusão para 2028, o projeto busca atender a demanda por transporte aéreo militar e comercial na Europa e América Latina.

Brasil produz avião militar para Portugal: LUS-222

O Brasil vai fabricar o LUS-222, primeiro avião militar para Portugal, que será apresentado na LAAD Defense & Security, maior feira de defesa da América Latina, no Rio de Janeiro. A primeira unidade estará pronta em 2028.

O LUS-222 é um bimotor de asa alta, com capacidade para transportar 19 passageiros ou duas toneladas de carga. Possui alcance de 2.100 km e velocidade de até 370 km/h.

A aeronave opera em pistas curtas e não pavimentadas, sendo ideal para regiões remotas. O modelo será fabricado pela Akaer em São José dos Campos, SP, com investimento de cerca de US$ 30 milhões.

Os primeiros modelos começam a ser construídos em 2026, gerando 60 empregos diretos. A Akaer estuda estabelecer uma unidade em Portugal, dependendo do progresso do projeto.

A empresa fabricará fuselagem e componentes, tendo já participado de projetos como o cargueiro KC-390 e o caça Gripen E. O investimento total é de € 225 milhões (R$ 1,396 bilhão).

O projeto faz parte da Agenda Aero.Next em Portugal. Miguel Braga, da Aircraft and Maintenance, menciona negociações com vários países para a venda das aeronaves.

A produção inicial será de seis aeronaves, com a possibilidade de até 20 em turnos duplos. Cada unidade custará entre US$ 8 milhões e US$ 10 milhões.

Aeroestruturas serão fabricadas no Brasil e montadas em Portugal. O valor comercial dependerá de contratos em andamento. A aeronave é um projeto inovador para a Força Aérea Portuguesa.

A FAB (Força Aérea Brasileira) afirmou que estuda a substituição de aeronaves, mas sem previsões concretas sobre aquisição do LUS-222. Outros países também buscam modernizar suas frotas.

Parcerias entre Brasil e Portugal se fortalecem há dez anos, com diversas aeronaves adquiridas da Embraer. Atualmente, cerca de 20 engenheiros brasileiros trabalham em Portugal.

A versão inicial usará combustível convencional, enquanto planos para combustíveis alternativos, como hidrogênio e sistemas híbridos, estão em desenvolvimento.

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