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Saiba o que os empresários cobraram do governo na reunião sobre o tarifaço de 50% que Trump quer impor ao Brasil

Ministros e empresários se reúnem para discutir estratégias contra tarifa de 50% de Trump. O foco permanece na busca por soluções diplomáticas, evitando retaliações e priorizando o fortalecimento das relações comerciais.

Reunião em Brasília discute tarifa de 50% de Trump

Ministros, empresários e representantes do setor produtivo se reuniram em Brasília para discutir a proposta de postergar a entrada em vigor da tarifa de 50% imposta por Donald Trump por 90 dias. A entrada em vigor está prevista para 1º de agosto.

Ninguém defendeu o uso da lei de reciprocidade como retaliação. Também não foi comentada a questão política alegada por Trump sobre a suposta perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer, destacou a urgência nas negociações, comparando o impacto das tarifas à crise da Covid-19, que resultou em perdas significativas para a empresa. Ele afirmou que cancelamentos de entregas podem ocorrer se a tarifa for mantida.

A Embraer pode enfrentar um custo adicional de R$ 20 bilhões até 2030 devido à tarifa. Gomes Neto reforçou que um cenário de alíquota zero é crucial para a competitividade dos aviões brasileiros no mercado americano.

Fernando Pimentel, da Abit, afirmou que o encontro não abordou questões políticas. Ele enfatizou um histórico de parceria comercial com os EUA e a necessidade de diálogo para reverter a tarifa.

A indústria têxtil brasileira esperava um crescimento de 13% a 14% nas vendas aos EUA, mas as previsões estão suspensas. Pimentel ressaltou que a indústria busca oportunidades deixadas pela China.

No Palácio dos Bandeirantes, o governador Tarcísio de Freitas e empresários também defenderam que a solução deve ser encontrada na diplomacia, focando na cooperação e na competitividade da indústria brasileira.

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