Saiba quais instituições têm contas investigadas por suposto recebimento de valores de ataque hacker
Investigação aponta que R$ 541 milhões foram desviados por hackers em ataque à BMP, com 29 instituições financeiras implicadas. Autoridades seguem analisando as operações suspeitas enquanto fintechs buscam se distanciar de responsabilidades.
Investigação sobre desvio de recursos em 29 instituições financeiras
Após o ataque à C&M Software, que conecta instituições ao Banco Central (BC), contas em 29 instituições estão sendo investigadas por desvio de recursos. O valor total estimado do desvio é de R$ 541 milhões.
Valores captados:
- R$ 270,9 milhões em uma conta na Soffy;
- R$ 89,4 milhões em contas na Transfeera;
- R$ 45 milhões na Nuoro Pay.
Após o desvio, o BC suspendeu o acesso ao Pix dessas instituições, além de outras três.
A Soffy se isentou de responsabilidade, alegando que a fraude ocorreu externamente e agiu rapidamente para bloquear a conta em questão.
A Transfeera declarou estar colaborando com as autoridades, enquanto a Nuoro Pay afirmou ter seguido as regulatórias e contestou a responsabilidade pela situação. Esta última registrou que solicitou análise da infração apenas 20 horas após os eventos.
A Nuoro Pay também criticou a BMP, afirmando que as ações tomadas foram para evitar reconhecimento de falhas operacionais.
Além das fintechs mencionadas, outras 26 instituições, incluindo BTG, Bradesco e Banco do Brasil, também receberam recursos suspeitos.
Considerações das instituições:
- Bradesco: Não fará comentários por tratar-se de investigação policial.
- BTG Pactual: Bloqueou e devolveu imediatamente valores de contas com suspeitas de fraude.
- Voluti: Afirmou detectar transações suspeitas e atuou prontamente em colaboração com as autoridades.
- Brasil Cash, Celcoin, C6 Bank, Nubank, 99Pay: Declararam estar colaborando com as investigações e reforçando protocolos de segurança.
A investigação continua em andamento e as instituições envolvidas se comprometeram a colaborar plenamente.