Saiba quem eram os principais alvos espionados pela “Abin Paralela”
Relatório da PF revela que a Abin monitorou ilegalmente mais de 150 pessoas durante o governo Bolsonaro. As operações de espionagem aconteceram sem ordens judiciais e incluíram figuras públicas e veículos de mídia.
Relatório da Polícia Federal revela monitoramento ilegal na Abin
O relatório final da Polícia Federal (PF), divulgado em 18 de junho de 2025, expõe uma estrutura clandestina na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro.
Mais de 150 nomes foram monitorados, incluindo figuras que apoiaram o ex-presidente, como Kim Kataguiri e Joice Hasselmann. As diretrizes eram definidas por Jair e Carlos Bolsonaro, que se beneficiavam politicamente das operações.
O sistema de espionagem “First Mile” executou 60.734 consultas ilegais em cerca de 1.800 terminais telefônicos entre fevereiro de 2019 e abril de 2021, sem ordens judiciais. As motivações variavam desde investigações sobre empresas até busca de informações comprometedores.
Principais alvos:
- Políticos e autoridades
- Entidades privadas, como transportadoras
- Jornais e organizações de mídia, incluindo a revista Piauí e agências de checagem
- Institutos de pesquisa eleitoral, como Ipec e Quatest
A aquisição do sistema ocorreu em 26 de dezembro de 2018, sem licitação, com a empresa Suntech S/A, representante da fabricante israelense Verint Systems. A Abin sabia do caráter intrusivo da ferramenta e ocultou informações para evitar autorização judicial.
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