Saída de Schwab do Fórum Econômico Mundial envolveu denúncias e ameaças, diz jornal
Klaus Schwab renuncia ao cargo após denúncias de má gestão e ambiente tóxico no Fórum Econômico Mundial. Investigação interna evidenciou conflitos na liderança e novas acusações de uso indevido de recursos.
Klaus Schwab, fundador e por décadas CEO do Fórum Econômico Mundial, renunciou ao cargo em abril de 2025 após denúncias de má gestão e uso indevido de recursos.
A reportagem do Wall Street Journal, publicada em 13 de fevereiro de 2025, revela que Schwab, 87 anos, lutou para manter seu poder após tensões internas e conflitos com seu principal colaborador, Børge Brende.
Em maio de 2024, Schwab havia deixado o cargo de CEO, tornando-se presidente do conselho, mas sua saída se tornou imediata após uma investigação sobre uma carta anônima de funcionários. A carta acusava a administração da organização de um ambiente hostil de trabalho e problemas de governança.
O conselho, composto por 30 membros, incluindo figuras como Larry Fink e Al Gore, discutiu como persuadir Schwab a se afastar. Eventualmente, Peter Brabeck-Letmathe se tornou o CEO interino após a renúncia de Schwab.
Além das acusações gerais de má administração, surgiram denúncias específicas contra seu filho, Olivier Schwab, sobre ignorar assédio sexual. A decisão de demiti-lo resultou em um conflito direto entre Klaus e os conselheiros, mas Olivier acabou renunciando.
Após uma nova onda de denúncias via email, Schwab negou todas as acusações e fez ameaças de retaliação. Em 21 de abril, o Fórum anunciou oficialmente sua renúncia ao cargo, com um compromisso de investigar as alegações de forma independente.
O Fórum Econômico Mundial reafirmou seu compromisso com altos padrões éticos e anunciou a abertura de uma investigação independente sobre as denúncias, enquanto Schwab e sua esposa mantiveram sua inocência nas acusações.