Saidinha temporária: mais de 28 mil criminosos deixam presídios nesta terça-feira
A saída temporária de mais de 28.000 detentos em São Paulo gera debate sobre a eficácia e os riscos dessa política. Críticos alertam para o aumento da reincidência criminal e questionam a manutenção do benefício.
Data: 11 de outubro
Mais de 28.200 detentos deixaram as penitenciárias de São Paulo na primeira saída temporária do ano.
A saída, que ocorre a cada seis meses, permite que os presos fiquem fora por sete dias.
Apesar de um projeto do Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, para acabar com a saída temporária, o governo sancionou a medida com vetos, alegando que a proibição violaria a Constituição.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que detentos que descumprirem as normas só podem ser reconduzidos por decisão judicial.
A Secretaria de Segurança Pública busca parceria com o Judiciário para acelerar a recondução dos presos que violam as regras.
Desde a introdução do benefício, mais de 200.000 presos não retornaram, muitos cometendo novos crimes, incluindo assassinatos.
Críticos afirmam que a saída temporária é um fracasso e que sua manutenção é baseada em ideologia , não em dados.
A decisão do CNJ que anulou autorizações de prisão durante a saída temporária sem decisão judicial agrava a situação.
Estima-se que 5% dos beneficiários não retornam, ou seja, cerca de 1.410 fugitivos, aumentando preocupações sobre segurança pública.
O debate sobre a continuidade das saídas temporárias se intensifica, com alguns defendendo o benefício como essencial para a ressocialização, enquanto outros alertam para os riscos e a reincidência criminal.