São Paulo pode destravar potencial do biometano no Brasil
A nova lei impulsiona a produção e comercialização de biometano no Brasil, com a expectativa de que o Estado de São Paulo se torne um referente no setor. A estratégia visa reduzir emissões de gases de efeito estufa e promover a descarbonização da economia nacional.
Impactos positivos da Lei do Combustível do Futuro (14.993 de 2024) já são visíveis na demanda de biocombustíveis no Brasil.
A Petrobras lançou uma chamada pública para adquirir 700 mil m³/dia de biometano, gás renovável derivado do biogás. Este passo é crucial para as metas do Compromisso Global do Biometano e do Programa de Incentivo ao Biometano.
Com a nova lei, o uso de biometano deve crescer 10% até 2034, totalizando 10 a 15 milhões de m³/dia em cenários conservadores. O biometano, por ser intercambiável com o gás natural, se insere na agenda de descarbonização brasileira.
Estudos apontam que a substituição do diesel por biometano pode reduzir as emissões de gases em até 90%.
O Estado de São Paulo é o maior consumidor e produtor de biometano. Estima-se uma produção de 6,5 milhões de m³/dia, maior parte vinda do setor sucroenergético.
A logística é essencial para viabilizar essa produção. As3 distribuidoras de gás canalizado de São Paulo atuarão nesse processo, garantindo eficiência no transporte do biometano.
Um exemplo é a cidade de Presidente Prudente, atendida 100% com biometano da Usina Cocal.
Em 2025, as concessionárias passarão por revisão tarifária, uma oportunidade para expandir a produção de biometano, em linha com o Piso de Ação Climática 2050.
A Arsesp busca melhorar o modelo regulatório que conecte mais plantas de biometano às redes, sem impactar outros usuários.
É um momento de oportunidade: aproveitar para acelerar a descarbonização e expandir o mercado de biometano é essencial.