São Paulo tem aumento de internações por crise respiratória
Número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave cresce significativamente em 2025. Preocupação com baixa taxa de vacinação contra a gripe e aumento de atendimentos em UTIs são destacados por especialistas.
Aumento nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em SP
Em 2025, 85% dos hospitais paulistas reportam aumento de internações por Srag. Em 2024, esse número era de apenas 47%.
A pesquisa, intitulada “Evolução do cenário-panorama dos pacientes diagnosticados com SRAG e outras doenças prevalentes”, foi realizada entre 6 e 16 de junho de 2025, envolvendo 88 hospitais (68% da capital e Grande São Paulo, 32% do interior).
O estudo foi promovido pelo SindHosp e em 2024, contou com 81 hospitais, sendo 75% da capital e Grande São Paulo.
Segundo Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, o aumento nas internações deve-se ao baixo índice de vacinação contra a gripe, que é de apenas 35% na população paulista. Ele recomenda:
- Uso de máscaras em ambientes de aglomeração;
- Evitar contato com outros ao apresentar sintomas gripais;
- Vacinação contra a Influenza.
Balestrin destaca que o surto de Srag começou mais cedo e pode se agravar, exigindo vacinação dos grupos vulneráveis, especialmente crianças e idosos.
Outros dados da pesquisa:
- 64% dos hospitais reportaram aumento de internações em UTIs;
- 54% aumentaram internações em leitos clínicos pediátricos;
- 56% em leitos clínicos adultos.
No pronto atendimento, 74% dos hospitais notaram aumento de atendimentos por Srag em comparação com 58% no ano anterior. A faixa etária predominante é de 30 a 50 anos.
As principais doenças que levaram à internação foram:
- Pneumonia bacteriana ou viral: 39%;
- Viroses respiratórias: 32%;
- Crisis de asma e DPOC: 7%.